Para o roteiro gastronômico da nossa 5ª edição, o desafio dos estabelecimentos participantes foi criar pratos utilizando ingredientes que carregam o valor histórico e cultural de nossos ancestrais.
Ao retomar a trajetória de um alimento, podemos descobrir sobre deslocamento, colonização e ocupação de território, entre outros aspectos de vários povos.
Povos indígenas contam histórias a partir da mandioca, comunidades africanas contam a partir do inhame. O trigo foi o primeiro cereal a ser descoberto, na zona do Médio Oriente, berço dos primeiros grandes impérios e da civilização ocidental.
O arroz estendeu-se rapidamente por toda a Ásia Meridional como alimento básico, sendo responsável pelas grandes civilizações asiáticas. O milho na América Central era usado pelas civilizações do novo continente, os maias, astecas e incas, não apenas como alimento, mas também como oferta aos deuses.
As receitas também são uma forma de transmissão de conhecimento e saberes entre gerações. A culinária vilhenense, por exemplo, tem grande influência de sulistas e nordestinos, da cozinha portuguesa e indígena, com pratos considerados tradicionais nas famílias que vivem na cidade.
O que podemos esperar do roteiro deste ano são fusões e misturas, cores, gostos e sabores da nossa terra, da nossa gente e do nosso povo. Pratos que celebram a diversidade de culturas e que formam juntas a identidade da gastronomia local.